quarta-feira, 27 de agosto de 2008

AINDA SOBRE TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS

Dia 14 de agosto a discussão sobre tipos de textos e gêneros discursivos continuou. A leitura compartilhada foi feita pela Luzia (na verdade ela leu, uma colega cursista quem levou o texto).
O texto é muito curioso, a pessoa que o criou usou as palavras relacionadas ao ensino da língua portuguesa, como mesóclise, artigo definido, superlativo etc para compor uma narrativa cheia de duplos sentidos. Contudo, achei muito picante. Nesse dia trocamos mais experiências relacionadas ao uso de gêneros discursivos variados e retomamos esses conceitos, pois havia ainda alguma confusão. O módulo nos auxiliou juntamente com as explicações das tutoras.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Gênero discursivo ou tipologia textual?


Hoje a aula foi muito boa. Quando cheguei, a Tamar estava lendo o livro Mania de explicação da escritora Adriana Falção. A obra apresenta conceitos simples como amizade, raiva, paciência, de uma forma criativa e poética. Discutimos um texto que fala sobre gêneros discursivos e tipos textuais de autoria do professor Marcuschi. Esses conceitos são muito importantes para nós, que lidamos com a língua. Contudo, ainda tínhamos dúvidas sobre a diferença entre eles. A discussão foi rica e penso que esclarecedora. Os tipos de textos são limitados: narração, descrição, argumentação, exposição e injunção. Já os gêneros discursivos são variadíssimos e, embora estáveis, sofrem mudanças históricas e culturais. Poderíamos citar, como exemplo de gênero discursivo, o email, a carta pessoal, a entrevista de emprego, a crônica etc. Embora seja impossível trabalhar todos os gêneros discursivos em sala, acredito ser de fundamental importância dar, aos nossos alunos e alunas, uma visão mais ampla dos textos existentes.

Heranças literárias


Foi muito bom participar da entrevista (posso chamar assim?) dos escritores Léo Cunha e Maria Antonieta Cunha. A fala inicial foi dela. Ela contou experiências interessantes de sua infância e o contato com a leitura. Contudo, gostei ainda mais da fala de seu filho. Ele falou sobre a relação de seu avô com a obra Grande Sertão: Veredas e de como ele escondeu o livro para que não fosse enterrado com o avô (Léo Cunha queria de recordação). Ele também leu um fragmento super interessante de sua obra Pela estrada a fora. O centro de Convenções estava cheio. Foi um momento mágico. Ah, esqueci de falar sobre a abertura, uma dança contemporânea, simplesmente demais!

domingo, 3 de agosto de 2008

O papel da Fonética e da Fonologia no estudo da ortografia

Recebi um convite carinhoso da Tamar e da Luzia para compartilhar com minhas colegas algumas informações sobre como a Fonética e a Fonologia podem auxiliar o(a) professor(a) com as questões ortográficas. Usei três ou quatro fontes de pesquisa, mas a principal delas foi a obra "Guia teórico do alfabetizador" da professora Miriam Lemle. É um livro muito útil para todos(as) que lidam com a língua, tanto alfabetizadores(as) como professores(as) de português. Foi uma experiência muito boa. Muitas colegas já o conheciam e trocamos experiências. Agradeço a recepção carinhosa e a oportunidade que todas me deram. Um grande abraço, meninas.

Variação e linguagem

O próximo módulo estudado foi VARIAÇÃO LINGÜÍSTICA do professor Marcos Bagno. Fiquei muito animada, pois já conhecia várias obras dele, como 'A língua de Eulália', 'A norma oculta', 'Português ou Brasileiro' 'Preconceito lingüístico' e outros. Sempre que se discute a questão da variação, há uma certa polêmica. Em nossa turma não foi diferente. No início, achei que o tema era conhecido e aceito por todos (santa ingenuidade!), por conta disso, faltou-me mais sensibilidade ao expor meu ponto de vista. A gente está sempre aprendendo. As pessoas têm visões diferentes e precisamos respeitar. Mas o debate é sempre enriquecedor.
Quando estávamos ainda nesse tema, a Tamar e a Luzia deram-me a oportunidade da leitura compartilhada. Puxa, não havia momento melhor para eu levar o texto "Nóis mudemo". Já o li várias vezes e sempre me dá um nó na garganta. A história é belíssima. A conheci por meio de uma aluna da faculdade. De lá para cá, sempre que tenho oportunidade apresento para as pessoas. Ele nos leva a refletir sobre nosso real papel como educadores e educadoras. É uma pena que muitos ainda pensam que a Lingüística não valoriza a gramática tradicional. Precisamos ler mais para conhecer melhor o que essa ciência tem a dizer sobre a língua e seu ensino. Sugiro algumas obras que, com certeza, nos ajudarão: "A relevância social da lingüística","O português são dois", "Para entender a lingüística" "Estrangeirismos, guerras em torno da língua", "A sociolingüística na sala de aula", as obras do professor Bagno citadas acima e tantas outras que nos darão uma real dimensão da língua portuguesa. Precisamos ler mais, nos atualizar tanto no que diz respeito à gramática como no que tange ao estudo científico da linguagem.